domingo, 22 de dezembro de 2013

Mães de Menina - O Ciclo.

Estar grávida, envolver-se pela graça de estar gerando uma nova vida, dar à luz, aprender a lidar com este pequeno ser dependente de cuidados, inverter prioridades, compreender seu lugar no mundo agora como mãe.
Muitas mulheres podem ter filhos. Mas nem todas podem ser honradas como mães.
Não existe um critério, um padrão, um perfil para ser uma boa mãe. Afinal, quando nasce um bebê, no mesmo instante nasce uma mãe. É uma relação de aprendizado mútuo.

A boa mãe é aquela que estuda o seu filho, o analisa, o aprende, o vivencia. Usa a intuição, o coração e age. A mãe luta. Seja em casa cuidando do pequeno e da rotina da família, seja no trabalho buscando recursos para lhe prover todo o necessário...
As mães também erram. Atrasam o horário de ministrar o antibiótico, compram o sapatinho menor que o pé da criança, se irritam com a demanda de exigências sobre ela em relação ao bebê e depois se arrependem.
O único erro que uma mulher não pode cometer com seu filho é a omissão.
O pior tipo de omissão é aquele mascarado, que finge que está interagindo com a criança estando ao telefone com uma amiga, que finge que está educando colocando de castigo mas sendo permissiva o restante do tempo, que procura compensar a ausência na vida da criança enchendo-a de presentes, que diz sim quando deveria dizer não, que barganha o amor da criança contra o pai que não mora junto... são tantas formas, tantas situações desastrosas criadas por mulheres imaturas, carentes, despreparadas.
Nada acontece por magia, nem mesmo o nascimento de um filho, que é algo tão especial, é capaz de modificar o ego de algumas mulheres, a ponto de se doarem, se desfazerem e se refazerem pessoas melhores por amor... nem sempre. Ser Mãe é ser por inteira. 

E ser MÃE DE MENINA, uma missão ainda mais interessante: ela será a MÃE da sociedade de seu tempo. Ainda que opte por não ter filhos, ela será uma mulher na sociedade, e inevitavelmente, a filha terá a mãe como uma referência para trilhar seu caminho individual. Daí a grande responsabilidade.
O que essas lindas Princesas tem em comum? 
Todas elas precisaram de um príncipe para serem felizes. E mais um detalhe agravante: todas elas foram criadas em lares sem mães.
Coincidência? 

Mérida teve a maravilhosa sorte de ter uma boa mãe. As duas protagonizaram um debate, um confronto de gerações, de visões de mundo antagônicas... no entanto, prevaleceu o AMOR entre mãe e filha.
A mãe de Mérida se equivocou como pode acontecer com toda mãe, mas ela errou tentando acertar, buscando a felicidade da filha baseada em seus princípios e regras da sociedade em que viviam.
Com tudo isso, as duas aprenderam grandes lições. À mãe, a lição de que não se pode modificar a natureza do seu filho, apenas moldá-la com amor para enfrentar os embates da vida. E à filha, a lição de que mesmo quando a mãe se contrapõe às atitudes, quando confronta as idéias, é por amor que o faz, pois toda Mãe responsável educa sua filha para ser independente, ser determinada em seus objetivos, ser segura de sua força e capacidade. A educa para ser uma Mulher Valente!




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Em defesa de Mérida

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